1986 - nos pênaltis, uma geração se despede


Brasil pronto para encarar a França. De pé: Sócrates, Elzo, Julio César, Edinho, Branco e Carlos. Agachados: Josimar, Müller, Júnior, Careca e Alemão.

Acredito que a cobrança de uma penalidade máxima seja a mais difícil de todas as coisas fáceis que existem nesse mundo. Afinal, ao mesmo tempo em que o cobrador tem todas as vantagens no lance em si – distância curta, só o guarda-redes à frente, a prerrogativa do não adiantamento do goleiro e, mais atualmente, a infame paradinha – ele sente todo o peso da responsabilidade, a pressão pelo acerto e a necessidade imediata de superar toda a tensão em nome de um chute bem sucedido. Para os goleiros, é o oposto. Sempre entram na disputa de pênalti com uma cobrança emocional muito menor, já que se pressupõe a vantagem de seu adversário e que tudo que vier de positivo é lucro. Mas o lance é dramático também para ele: por melhor que seja seu desempenho, basta um pouco de competência do cobrador e todo o esforço de defesa será inútil. Em resumo, a posição dos envolvidos é cômoda e ao mesmo tempo plena de agonia – e eis toda a dramaticidade do lance capital, em toda sua contagiante capacidade de contradição.

Tudo isso para dizer que a coisa deve ter sido pesada para Zico naquela cobrança hoje histórica, no pênalti desperdiçado que poderia ter conduzido o Brasil até as semifinais da Copa de 1986 no México. Jogo dificílimo contra a França, quartas-de-final, partida riquíssima em emoções e pobre em soluções. Um drama futebolístico que já se arrastava por mais de 70 minutos. E então a chance brilhante, a falta dentro da área e a bola na marca da cal. O Galinho tinha entrado no jogo poucos minutos antes, substituindo Müller, e já em seu primeiro lance viu-se confrontado com um daqueles momentos que definem uma carreira. E Bats, goleiro da seleção francesa, certamente viveu uma grande guerra particular, tentando controlar os nervos para defender um lance que ele mesmo tinha causado e que poderia ser a ruína de toda a campanha. Tensão, amigos/as. Muita tensão no Jalisco de Guadalajara, mais uma vez palco de um momento emblemático de nosso futebol.

Até porque, mais do que um lance capital em uma partida decisiva, aquela era a última chance de toda uma elogiadíssima geração. Como se sabe, 1982 já havia ficado na promessa, vitimado por algumas decisões que não deram certo e por uma derrota inoportuna contra a seleção italiana. Boa parte daquele plantel foi mantido para a disputa de 1986 – além do próprio Zico, atletas como Sócrates, Oscar, Falcão, Leandro e Júnior estavam presentes no grupo que disputaria as Eliminatórias. Jogadores que estavam quatro anos mais experientes, mas também quatro anos mais velhos – o que causou inclusive algumas modificações de posicionamento, como a escalação de Júnior no meio ao invés de colocá-lo na lateral esquerda, onde teria que correr muito mais. Por outro lado, alguns dos novos nomes tinham potencial maior do que os jogadores que substituíam. Casos de Carlos, bem mais goleiro do que o inconstante Valdir Peres; Elzo, fechando com firmeza o meio-campo; e Careca, centroavante vibrante e de recursos técnicos superiores aos de Serginho Chulapa, titular na Copa anterior. Era um plantel que se sentia em dívida com o Brasil, e que tinha a disposição de fazer certo desta vez e conquistar o tetracampeonato mundial.

O treinador também era o mesmo: Telê Santana, o Fio de Esperança, o homem que defendia com unhas e dentes a beleza de nosso futebol, mas sem abrir mão da competitividade. Verdade que tivemos uma certa dança das cadeiras antes que o treinador reassumisse o lugar à frente do time. Após a derrota na Espanha, mesmo comovido com a acolhedora recepção dos torcedores na volta para o país, Telê alegou que era hora de mudança, pegou o chapéu e foi cuidar de sua vida. O homem escolhido para substituí-lo foi Carlos Alberto Parreira, campeão em 1970 como preparador físico e considerado um treinador moderno e de ideias arejadas. Porém, ainda não era o momento certo para Parreira, e ele saltou fora do barco cerca de um ano depois – para voltar em 1994 e completar o serviço, mas enfim, disso falamos em um próximo artigo. Para o seu lugar, a CBF chamou Edu Antunes, irmão de Zico, que durou alguns poucos meses no cargo e acabou dispensado por falta de resultados. A nova tentativa seria com Evaristo de Macedo, um treinador com características semelhantes as de Telê: ex-jogador, defensor de um futebol vistoso e de imposição técnica, valorizando as ditas características do jogador brasileiro.

Era um momento dos mais confusos, com a saída de Giulite Coutinho da presidência da CBF e uma grande disputa política tomando conta dos bastidores de nosso futebol. A instabilidade refletia de forma clara dentro de campo, com um treinador que se sentia desamparado e um grupo de atletas totalmente indefinido. A pressão popular era grande, e depois de tropeços em amistosos contra Colômbia e Chile a situação de Evaristo ficou insustentável. Mais uma vez, a seleção ficava acéfala – desta vez faltando apenas duas semanas para o começo das Eliminatórias. O que fazer? Investir no pouco garantido em detrimento do muito duvidoso, pensaram os homens fortes de nosso futebol. E foi quando Telê Santana voltou nos braços do povo, aclamado nas ruas e nos bares como a melhor opção para recolocar nosso futebol nos eixos e completar o serviço que tinha ficado pela metade em 1982. Como o tempo para experimentar jogadores era dos mais escassos, Telê apostou na experiência, e basicamente reconvocou a seleção de quase quatro anos atrás, aos poucos fazendo as modificações que se mostravam necessárias. Deu certo: apesar do curioso detalhe de ter vencido os dois jogos fora e empatado os dois disputados no país, o Brasil eliminou Bolívia e Paraguai e seguiu sem sobressaltos em direção ao México.

Não pensem, porém, que agora sim as coisas andavam bem e que estávamos no caminho do sucesso. Pelo contrário: a situação era complicada, e mesmo a inegável competência de Telê era insuficiente em várias situações. Era um plantel envelhecido, de pouco fôlego e suscetível a lesões. Confiando nos profissionais que o acompanhavam, o treinador bancou a convocação de atletas longe da forma física ideal, contando com o recondicionamento físico que os colocaria em condições de contribuir durante a campanha. Não deu muito certo – Falcão e Zico, por exemplo, foram para a Copa lesionados e não começaram nenhuma partida como titulares.

A indisciplina também desfalcaria a seleção. Nas vésperas do embarque para o México, nosso chapa Renato Portaluppi decide dar uma espairecida, pula o muro da concentração e vai para a farra sem o menor constrangimento. Decisão deveras equivocada, daquelas que um treinador sério e austero como Telê jamais deixaria passar em branco. Resultado: Renato cortado da lista. O problema é que Leandro, colega do atacante no Flamengo, considerou injusta a decisão de seu treinador, e resolveu abandonar a seleção em desagravo ao amigo. Além disso, reforçou sua desistência alegando que atuava agora como zagueiro no Flamengo, e se sentia incomodado com a insistência de Telê em utilizá-lo na lateral direita. Tudo isso se deu literalmente às vésperas do embarque – tanto que Zico e Júnior, colegas de time do desistente Leandro, tentaram de todas as formas fazer com que ele desistisse dessa inusitada decisão. Em vão: Leandro bateu pé, Edson virou titular e Josimar, então pouco mais do que uma promessa no Botafogo, foi convocado às pressas para se juntar ao grupo de jogadores.

Chegando ao México, mais problemas. A bagunça da CBF em transição era tanta que os jogadores não tinham nem mesmo onde treinar. Contatos básicos para qualquer delegação esportiva, como agendamento antecipado de hotéis e de centros de treinamento, tinham sido negligenciados. Fomos obrigados a pedir campos emprestados para a realização dos últimos treinos antes da estreia – o que, convenhamos, longe está de ser um exemplo de planejamento aplicado ao futebol. O calor extremo do verão mexicano só realçava a falta de preparo físico de nossos atletas. E Sócrates, um dos centros técnicos daquele time, sofria com seus péssimos hábitos de saúde. O homem sempre curtiu um cigarro e várias doses de bebida, comportamento que não combina nem um pouco com o que se espera de um atleta de alto desempenho.

O reflexo de tanto despreparo apareceu já na partida inaugural da Copa, disputada no dia 1º de junho de 1986 no Jalisco, até então tido como um dos nossos mais agradáveis e bem frequentados salões de festas. Muito devido às circunstâncias, mas também levando em conta as lições aprendidas em 1982, Telê Santana optou por uma escalação mais cautelosa – mesmo porque a Espanha, tenhamos e convenhamos, sempre longe está de ser um adversário qualquer. Entramos em campo com Carlos; Edson, Julio Cesar, Edinho e Branco; Elzo, Alemão, Sócrates e Júnior; Casagrande e Careca. Percebam que formatamos o time em um 4-4-2 bastante convicto, com dois homens de forte marcação no meio (Elzo e Alemão) e com Júnior e Sócrates abrindo pelas pontas, como meio-atacantes. Apesar da vitória de 1 a 0, foi um jogo muito sofrido, no qual o Brasil demonstrou muito pouco da desenvoltura de tempos recentes. Além disso, a Espanha foi seriamente prejudicada durante o jogo. Não apenas o gol da vitória brasileira, marcado por Sócrates, deu-se em posição no mínimo duvidosa, como a Fúria teve um pênalti claro a seu favor, sonegado de modo incompreensível pela arbitragem. De qualquer modo, o sistema defensivo do Brasil não sofreu maiores sustos, o que foi ao menos um dividendo positivo da complicada partida. Abaixo, os melhores lances desse jogo tenso e complicado – momentos que, acreditem, não foram muitos...



Apesar do triunfo, as dificuldades demonstradas durante o jogo inaugural motivaram algumas mudanças de direcionamento no trabalho de nossa seleção. Edson, de fraco desempenho, sentou no banco de reservas – e Josimar, convocado às pressas para fechar um buraco no grupo de jogadores, via-se rapidamente alçado a titular da seleção em plena Copa do Mundo. Casagrande, outro que jogou muito pouco contra os espanhóis, foi sacado do time e substituído pelo jovem e movediço Müller, na época brilhando com a camisa do São Paulo. O resultado inicial dessas mudanças não foi exatamente de encher os olhos, mas ao menos teve a eficiência necessária: 1 a 0 contra a Argélia, um time bem mais qualificado do que talvez a sua falta de tradição em Copas pudesse dar a entender. Embora já sem o brilho de 1982, os argelinos tinham um time corajoso e impuseram um bom enfrentamento contra os ainda pouco entrosados jogadores do Brasil. Os mais curiosos podem conferir aqui um belo relato sobre a seleção da Argélia, focando na participação de 1982, feito pelo nosso amigo Felipe Prestes. Para esses e para os demais, um vídeo do YouTube, mostrando os grandes momentos de mais uma partida difícil, mas que resultou positiva para nossa seleção.



O encerramento da primeira fase brasileira deu-se com um jogo tranquilo contra a seleção da Irlanda do Norte. Casagrande, Alemão e Careca foram flagrados tomando cerveja depois do jogo contra a Argélia, o que ganhou as manchetes e gerou considerável pressão extra sobre o grupo de jogadores. Mas tudo foi superado da melhor maneira. Finalmente mostrando um futebol de muito bom nível, nossa seleção passou por cima dos irlandeses sem nenhuma cerimônia – e com direito a um golaço histórico de Josimar, que alçou o então quase desconhecido lateral direito ao status de atração brasileira na Copa. Mesmo sendo um pobre moleque de menos de seis anos de idade, lembro de ter assistido ao vivo esse jogo, e de me impressionar menos com o gol do que com a festa que meu tio, que estava cuidando de mim, fez quando da marcação do golaço. Hoje em dia, em retrospecto, vê-se que foi de fato um gol impressionante, um daqueles chutes de rara felicidade mesmo. Mas o Brasil foi além da boa atuação de seu lateral: jogando com seriedade, atacando forte e sempre, o escrete canarinho fez uma atuação vibrante e fez por merecer a folgada vitória.



Classificado de forma invicta, sem tomar sequer um gol, o Brasil começava a dar sinais de inegável crescimento – e a partida das oitavas de final, contra a sempre voluntariosa Polônia, serviu de testemunho eloquente dessa realidade. Em uma partida cheia de opções, os brasileiros aplicaram um 4 a 0 inquestionável – e, vale o registro, jogando um futebol de altíssimo nível. Müller e Careca, atacantes jovens e rápidos, encontraram ótimo entrosamento com Júnior e Sócrates, gerando excelentes trocas de passe e até mesmo de posicionamento. Pelas laterais, Branco e Josimar seguiam brilhando, com direito a outro golaço do segundo, a essa altura já convertido em destaque não só do Brasil, mas de toda a competição. Apesar de um susto no começo do primeiro tempo, quando levou uma bola na trave, a defesa seguia invicta, e Carlos já se aproximava do recorde de minutos sem tomar gol. Uma conquista até surpreendente para uma seleção cujo treinador priorizava abertamente o ofensivo, mesmo que em detrimento do trabalho dos defensores. Uma atuação de luxo, que pode ser conferida parcialmente pelo vídeo abaixo.


Mais uma vez, porém, o destino reservava uma pedreira terrível para os brasileiros. Nas quartas, teríamos que encarar a perigosíssima seleção francesa, comandada pelo maestro Michel Platini e que tinha acabado de eliminar a atual campeã Itália com um convicto 2 a 0. Era um timaço, que jogava ofensivamente e tinha um sistema de jogo rápido e de grande plasticidade. Muitos dizem ter sido um dos maiores jogos da história das Copas, e apesar do mirrado 1 a 1 do placar final, a ideia não parece tão bizarra assim no fim das contas.

No calor de mais de 40 graus do Jalisco, o Brasil começou arrasador, com Careca abrindo o placar muito cedo e uma chuva de jogadas de ataque. Por pouco a volúpia brasileira não impõe aos franceses um placar dilatado e de difícil reversão. Nervosos, nossos adversários batiam cabeça, erravam passes fáceis e involuntariamente criavam ainda mais chances de gol para os movediços e empolgados jogadores do Brasil. No decorrer do primeiro tempo, porém, Les Bleus foram colocando a cabeça no lugar e equilibrando as ações. E conquistaram o empate logo antes do intervalo, belo gol do aniversariante Platini. Era o primeiro e único tento que o Brasil sofreria com a bola rolando durante a Copa.

A partida seguiu vibrante na segunda etapa, com ambas as equipes jogando um futebol de altíssimo nível, sempre para frente, mas contando também com belas intervenções defensivas de lado a lado. Até que, aos 25mins da etapa final, Zico entrou em campo para mudar a história do jogo. Dois minutos depois de pisar no gramado do Jalisco, o Galinho faz passe genial, colocando Branco na cara do gol. Bats, o arqueiro francês, viu-se forçado a cometer a falta dentro da área, último recurso para evitar o pior. Pênalti. Era a chance tão aguardada, o momento perfeito para colocar o Brasil na frente e garantir a vitória consagradora. E Zico, o mesmo Zico que não tinha jogado nenhuma partida inteira naquela Copa e que estava em campo há menos de três minutos, foi escalado para cobrar o lance capital.

Era muito peso para um jogador descontado, ainda fora de forma e de ritmo de jogo – mas isso pouco nos importava. Era Zico, o Galinho da Quintino, mestre na bola parada e símbolo de toda uma geração. Ninguém naquele plantel merecia mais a honra de fazer o gol tão importante naquela partida tão complicada. E o jogador aceitou o desafio, encarou o momento de definição sem demonstrar medo ou inibição. Mas hoje sabemos que a responsabilidade pesou forte demais em suas costas, que poucas vezes algo tido como fácil pareceu tão difícil, e para uma pessoa sabidamente tão capacitada para realizá-lo. E a cobrança em si mostra isso claramente. Zico, o grande e incontestável Zico, até hoje tido como o maior craque da história do Flamengo e um dos nomes mais brilhantes de nosso futebol, cobrou o pênalti como um moleque nervoso, bateu fraco e sem convicção, buscando o canto esquerdo, mas mal passando da linha imaginária no meio do gol. Bats, experiente e com sangue frio correndo nas veias, esperou o momento do chute e pulou, convicto, para uma emblemática defesa. O empate persistia, o 1 a 1 ficava estático no placar – mas o fato é que, naquele preciso instante, naquele chute fraco e inseguro de nosso craque predestinado, estávamos perdendo o jogo e a chance de seguir na Copa do México. Tanto que a prorrogação em si foi um sufoco – França em cima, Brasil perturbado, por pouco não somos liquidados ali mesmo, antes da cobrança das penalidades.



Os penaltis, infelizmente, só confirmariam essa tendência. Platini, craque máximo da França, deu um péssimo presente de aniversário a si mesmo e errou sua cobrança; seus companheiros, porém, encarregaram-se de salvar a festa. Sócrates e Julio Cesar erraram para o Brasil – uma cruz desagradável em especial para o segundo, zagueiro jovem que teve atuação destacada durante toda a Copa e deixou nomes como Mauro Galvão e Oscar no banco de reservas. Carlos foi nos pênaltis o goleiro correto que demonstrou ser durante toda a Copa, mas teve azar nas escolhas que fez – e sofreu ainda uma piada sem graça do destino, colocando para o gol com as costas uma cobrança de Belloni, que havia estourado no trave direita. Zico cobraria um pênalti nessa decisão, e desta vez converteu o lance com um chute forte e colocado. Mas acabou sendo tarde – o momento de fazer o gol já havia passado. Mais frios, mais competentes e mais compenetrados, os franceses venceram a decisão de pênaltis por 4 a 3, e seguiram em frente na Copa do Mundo – deixando o Brasil, uma vez mais, com uma mala cheia de sonhos no retorno para casa.



Mais uma vez, a recepção aos eliminados foi amistosa, gentil, quase carinhosa. Um jogador menos qualificado talvez tivesse sido crucificado; Zico, porém, foi tratado com respeito, e a culpa incidiu uma vez mais sobre o irônico e insensível senso de humor do Destino. De qualquer modo, era fato: aquela geração brilhante, cheia de craques como o próprio Zico, Sócrates, Júnior, Falcão e Oscar, não teria uma nova chance. Para eles, o sonho de ganhar o mundo estava encerrado. Para outros a queda viria em circunstâncias diferentes e até mesmo mais trágicas – caso de Josimar, a maior revelação da Copa, que afundou na cocaína e perdeu completamente o rumo de sua carreira. Foi uma Copa triste, a de 1986 – invictos, tendo tomado um único gol em toda a competição, acabamos eliminados em uma partida dificílima e com um pênalti desperdiçado por um de nossos maiores craques. Não foi exatamente ruim, mesmo porque foi uma eliminação repleta de força e dignidade. Mas poderia ter sido melhor. Bem melhor.


Fotos: seleção brasileira perfilada para o jogo contra a França (Brazil in the World Cups); Elzo, impondo respeito no meio-campo (sporting-heroes.net); comissão técnica brasileira em partida das eliminatórias (WebGalo); Zico e Careca em lance da Copa de 1986 (Arquivo - UOL); Zico chuta a chance do tetra nos braços do goleiro francês (Fifa.com); e Carlos mostra toda sua elasticidade na partida contra os franceses (soccervideos.com.eu).

Link para a matéria original (blog Carta Na Manga): http://cartanamanga.blogspot.com/2010/05/1986-nos-penaltis-uma-geracao-se.html

André Luiz Pereira t  – (19 de junho de 2016 às 07:17)  

Tinha 10 anos. Me recordo bem. Havia esperança. As ruas estavam bem paramentadas, muitos vestiam camisas amarelas e havia sobretudo futebol ainda que esse fosse o restinho de uma grande geração de craques, a maior depois de 70. Uma Copa triste sim para o Brasil. Triste, mas que não deixou saudades, como em 82. O ocaso de fato fez vítimas e Josimar foi uma delas.

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